terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sheila Melo na India

A Dançarina Sheila Melo esteve na India. Ela fala sobre sua visão do país, e sobre dança.
Postarei exatamente como ela escreveu. Aí vai.


Antes tarde do que nunca...
Por isso vou falar um pouco da minha viagem a Índia. Em primeiro lugar o que me deixa mais feliz é saber que a dança ultrapassa a fronteira da língua, pois não mando bem nem no “the book on the table”, quanto mais no idioma indiano. E as aulas de zouk (motivo da minha ida), foram demais!!! As indianas observavam atentamente o rebolado para reproduzir, e quem pensa que elas se sentiram constrangidas ao rebolar está redondamente enganado. Acho que rolou um pouco de revolução cultural, pelo menos naquela sala de dança.
E o que dizer daquela cultura? Adoro a filosofia de uma vida mais simples e natural, e o que vemos por aqui na teoria, lá acontece na prática. Passei por sentimentos variados, como por exemplo, no templo “Iscon”, mais conhecido como movimento Hare Krishna, e com aqueles mantras transcendentais cantados repetidamente, me levou num estado de êxtase. Pena que nossa mentalidade imediatista rapidamente me jogou na realidade dos ponteiros contra o tempo. Até por que tínhamos que viajar mais 6 horas para chegar a Agra, cidade onde fica o Taj Mahal.
O Taj Mahal tem que ser um capítulo à parte. Que lugar lindo!!! De longe é imponente, mas quando vamos chegando perto e nos deparamos com a beleza e capricho, ainda por cima sabendo que foi construída em homenagem ao amor do rei Shah Jahan e da rainha Mumtaz Mahal, sendo o Taj Mahal uma das mais belas provas de amor já conhecidas, a emoção toma conta junto com um pouquinho de inveja. Imagina mulheres, ganhar um Taj Mahal... Pensando bem é melhor eu me contentar com as declarações de amor que eu já recebi. Uma vez um namorado pixou o muro do vizinho com um Mickey Mouse segurando uma placa escrita “Sheila deixa eu te amar” foi lindooooo!!! Além do mais a rainha ganhou a declaração depois que morreu. Prefiro ganhar um botão de rosa vivinha da Silva. Né?!
Conhecemos também Jaipur, a capital do Rajastão, é uma das cidades mais importantes do país, também conhecida como Cidade Rosa. Lá visitamos alguns palácios como o Palácio dos Ventos, Palácio dos espelhos, onde a câmara poderia ser iluminada à noite por uma única vela devido à arquitetura intrincadas de espelhos, o Palácio da Cidade. E um passeio que estava num dos mais esperados por mim, subir para o Fort Amber nas costas de um elefante.
O trânsito realmente é muito louco, as vacas ficam tranquilinhas no meio da rua, acompanhadas de alguns porquinhos, camelôs, Tuc tucs . Fora as buzinas que não param um segundo. Coitadinha das crianças aprendendo a atravessar a rua...
E não pense que só porque viu isso na novela que já conhece a Índia. Lá é um país para você conhecer com todos os sentidos, com direito a queimar a língua devido o excesso de pimenta, às vezes se chocar com a imagem da miséria, passar pela sensação de ouvir aos mantras. Ter a certeza de que foi uma sensação única.

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